Liderança Feminina e Soft Skills no Mercado Jurídico: uma oportunidade necessária

A liderança feminina não é uma questão de oportunidade, mas de necessidade.” – Sheryl Sandberg, COO do Facebook e autora de ‘Lean In'”

A liderança feminina no mercado jurídico é crucial para a evolução da advocacia. Apesar dos avanços significativos na equidade de gênero, as mulheres ainda enfrentam barreiras consideráveis para alcançar posições de liderança. De acordo com dados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), embora as mulheres representem aproximadamente 51% dos advogados registrados no país, apenas cerca de 30% das sócias de escritórios de advocacia são mulheres, e menos de 20% ocupam posições de CEO ou managing partner em grandes escritórios de advocacia. No entanto, estamos vendo, ainda que vagarosamente, esse movimento acontecer e em um campo historicamente dominado por homens, as advogadas estão desafiando culturas e transformando a maneira como a advocacia é praticada e liderada.

Não é de hoje que se sabe que presença de mulheres em cargos de liderança traz diversos benefícios para as organizações, e não é diferente no ambiente jurídico. Estudos indicam que empresas com maior diversidade de gênero tendem a ter melhor desempenho financeiro, maior inovação e um ambiente de trabalho mais positivo. Líderes mulheres são frequentemente associadas a estilos de liderança mais democráticos e transformacionais, que incentivam a participação e o desenvolvimento de todos os membros da equipe.

Atualmente se fala muito que o sucesso da liderança está atrelado diretamente a determinadas soft skills. Habilidades como empatia, comunicação eficaz, resolução de conflitos e inteligência emocional são cruciais para quem lida com clientes, negocia acordos e trabalha em equipes diversas. Estudos mostram que líderes com forte competência em soft skills tendem a ter equipes mais engajadas e produtivas. A liderança feminina, sem dúvida, incorpora essas soft skills de maneira exemplar. As mulheres líderes trazem uma abordagem colaborativa e inclusiva, que promove um ambiente de trabalho mais harmonioso e eficiente. Isso é particularmente importante em um setor onde a confiança e a comunicação clara são fundamentais.

As softs skills, hoje, são necessárias não só para quem lida com clientes, mas para todos no ambiente profissional, incluindo sua relação com o time interno que busca não só estar em um ambiente de sucesso, mas mais humanizado. Escritórios de advocacia que valorizam a diversidade de gênero e promovem o desenvolvimento de soft skills entre suas equipes estão melhor posicionados para enfrentar os desafios do setor e proporcionar serviços de alta qualidade aos seus clientes. Em um mercado competitivo, esses fatores podem diferenciar significativamente um escritório de advocacia.

Fato é: independentemente de gênero, a soft skills são características cruciais para a transformação do mercado jurídico, além disso, sem dúvida, escritórios de advocacia que abraçam a diversidade de gênero e investem em habilidades interpessoais criam ambientes de trabalho mais positivos e eficazes, melhorando seu desempenho e inovação. A diversidade em posições de liderança não só promove a equidade, mas também traz uma nova perspectiva e abordagem à prática jurídica, desafiando e melhorando continuamente o setor. Ao reconhecer e valorizar esses aspectos, a advocacia se torna mais inclusiva, colaborativa e preparada para os desafios do futuro.


Especialista em Venture Capital, Direito Contratual e Consultivo, com amplo conhecimento em Direito Cível, Societário e na área de Governança Corporativa. Hoje é sócia-fundadora do Perroni Sanvicente & Schirmer Advogados; Presidente do Comitê de CVC da Amcham, Conselheira Fiscal Suplente do Instituto Lojas Renner, Diretora de Relações Institucionais do Instituto Ascendendo Mentes. Conselheira Consultiva da Aidron, Adentro e Live In. Mentora de Startups, do Founder Institute e Chiefs Group. Membro da Impacto por Elas e Cofundadora do coletivo Ser.A.CEO.

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