A tecnologia entra para revolucionar a operação dos advogados e desvincular o departamento de travas que impedem o desenvolvimento dos escritórios
Por Rafael Caillet – CEO da Oystr
Por muitos anos, a advocacia foi sinônimo de trabalho com processos lentos e montanhas de documentos em papel que se acumulavam nas mesas dos advogados. A baixa agilidade e eficiência foram se tornando um desafio constante, principalmente à medida que a complexidade das demandas jurídicas aumentava.
Hoje, graças ao desenvolvimento e à versatilidade da tecnologia, pensar em um escritório que ainda possui morosidade inerente a métodos tradicionais de trabalho é imaginar um escritório preso no passado, ficando totalmente para trás no quesito modernidade e transformação da prática jurídica.
A última pesquisa da AB2L (Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs) investigou os efeitos das novas tecnologias no Direito e constatou que 85,36% dos entrevistados enxergam benefícios em suas rotinas jurídicas, mostrando uma abertura por parte dos escritórios em se modernizarem.
Este cenário reforça como a digitalização jurídica vai além de uma tendência passageira, chegando para ficar, e como escritórios resistentes a essa mudança correm o risco de perpetuarem práticas operacionais ineficientes e perderem traços importantes para a competividade no mercado jurídico.
A eficiência operacional é o motor do core business
O benefício mais óbvio e imediato da digitalização jurídica é, com certeza, o ganho de eficiência operacional. Estamos falando de escritórios modernos que adotam sistemas de gestão de casos e implementam robôs para automação de processos e, consequentemente, eliminam tarefas repetitivas e manuais.
Hoje, inclusive, tornou-se comum o uso de softwares jurídicos para gerenciar prazos, documentos e fluxos de trabalho. Além de agilidade, há também a garantia de que nada se perca e todos os envolvidos estejam cientes do status dos casos, facilitando a colaboração entre equipes e aumentando a produtividade.
E se por um lado a tecnologia cuida da eficiência como um todo, por outro, o risco de erros, muito comum em ambientes de trabalho manual e sobrecarregados, agora é reduzido e conta com uma análise mais assertiva de dados, contratos e pesquisas jurídicas que tornam os processos mais rápidos e precisos.
Para os escritórios, isso significa a capacidade de oferecer um serviço uniforme, rápido e confiável aos clientes. Aliás, a segurança é uma das grandes preocupações dentro dos escritórios, já que o tratamento de dados sensíveis é uma realidade corriqueira na vida de um advogado.
Com isso, a digitalização também cuida da frente de privacidade ao oferecer sistemas digitais que utilizam criptografia, autenticação multifator e backups automatizados para proteger documentos e comunicações confidenciais. Para os advogados e seus clientes, ter a segurança nos processos, realizados nos mais altos padrões, é um grande diferencial.
O foco é na estratégia, não na burocracia
O tempo também é valioso na advocacia e a digitalização permite que os profissionais utilizem este recurso de forma mais inteligente. Nós já sabemos que o trabalho manual e a burocracia antes ocupavam grande parte da rotina jurídica e agora, com a presença da tecnologia, a automação torna todos os processos mais eficientes.
Anteriormente, falamos sobre eficiência operacional, mas outro impacto claro está na eficiência de tempo, uma vez que os advogados liberam grande parte de seu tempo de trabalho manual para se dedicarem ao desenvolvimento de estratégias jurídicas importantes.
Entre alguns exemplos de tecnologia que colaboram para este cenário, podemos pensar desde softwares de gestão e plataformas de colaboração online até chatbots para atendimento ao cliente.
Importante frisar aqui que automatizar uma parte do escopo dos advogados não significa abdicar do contato humano com as tarefas e atendimentos. A intenção de robôs e ferramentas digitais no campo jurídico é justamente melhorar todas as interfaces dentro de um escritório, de forma que as perdas sejam minimizadas e oportunidades estratégias sejam aproveitadas.
Em outras palavras, com a economia operacional e de tempo proporcionada pela digitalização, advogados atendem seus clientes com mais comprometimento, garantindo segurança dos processos operacionais e ampliando a qualidade de seu serviço.
Dados todos esses motivos, adotar tecnologia jurídica prepara os escritórios para enfrentar complexidades do cenário judicial moderno, tornando uma verdadeira necessidade para escritórios que aspiram prosperar e se livrar da ineficiência crônica que ainda impede a rotina jurídica de ser ágil, eficiente e segura.