Os advogados devem sempre se lembrar do seguinte fato: um escritório também é uma empresa que, como qualquer outra, precisa colocar diversos serviços administrativos em operação. São as legal operations, cuja profissão jurídico-tecnológica é comumente chamada de legal ops. Dedicar-se a essas tarefas periféricas ao Direito, fazendo-as funcionar adequadamente, é algo decisivo para o êxito do negócio.
Essas atividades podem ser organizadas dentro de um departamento de legal ops e a tecnologia tem sido utilizada no gerenciamento das rotinas, liberando os advogados para que cuidem das ações nas quais são especializados.
A automatização dessas funções de back-office é uma das prioridades das legaltechs, concluiu o Latin American Tech Report 2020 *. Segundo o relatório, 34% dos investimentos dessas organizações – cujas equipes auxiliam escritórios a otimizarem o trabalho por meio de ferramentas tecnológicas – foram dirigidos às legal operations.
O Relatório Temático #3 da FGV Direito SP – Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação, que teve como tema “Profissões, cargos e funções emergentes no Direito: possibilidades a partir da advocacia”, apontou o lugar de destaque das legal ops no universo judiciário.
A publicação “buscou mapear profissões, cargos e funções jurídicas emergentes que marcam a conjuntura atual”. De acordo com dados obtidos na pesquisa realizada no âmbito do projeto “Formando a advocacia do presente e do futuro: habilidades e perspectivas de atuação”, a FGV verificou um panorama de profissionalização da gestão – por exemplo, com a criação de vagas como a de legal operations. O documento cita as seguintes atribuições da área:
• Identificar estratégias de investimento e cuidar da gestão financeira;
• Gerenciar riscos;
• Desenvolver planejamento estratégico;
• Gerenciar projetos e tecnologias;
• Cuidar de aspectos relacionados ao clima organizacional.
Um estudo da Universidade de Taubaté também abordou as chamadas operações jurídicas ou operações legais e as considerou “uma tendência no mundo da carreira profissional”. “Estes profissionais ajudam os departamentos jurídicos internos a construir a infraestrutura técnica para administrar melhor esta área”, apontou o autor José Raimundo Monteiro. “Por exemplo, eles podem desenvolver um sistema de software para processar faturas externas enquanto coletam e analisam dados sobre faturamento que podem ajudar o departamento a economizar dinheiro”, detalhou.
Se ficou interessado em saber mais sobre o tema, acesse este post. Organizar e automatizar as tarefas periféricas à advocacia por meio de um setor de legal ops pode ser de grande valia para o sucesso de seu escritório. * https://blog.jusbrasil.com.br/artigos/1284061958/tecnologia-juridica-inovacoes-e-tendencias-para-2022
