As fake news, ou notícias falsas, tornaram-se um dos maiores desafios da era digital. O Brasil, com um dos maiores índices de uso de redes sociais no mundo, está particularmente vulnerável à rápida disseminação de informações enganosas. Este fenômeno afeta diretamente a credibilidade de instituições e a tomada de decisões, como no caso recente da Instrução Normativa nº 2219/2024, publicada pela Receita Federal sobre as atualizações nas regras do controle fiscal do Pix, um dos meios de pagamento digital que passou a fazer parte da rotina dos brasileiros e que pela disseminação de informações equivocadas e instruções errôneas, fez o Governo Federal voltar atrás e revogar a referida norma, o que ocorreu agora no dia 15/01, poucos dias depois da sua divulgação.
Atualmente, 71% dos brasileiros utilizam redes sociais como principal fonte de informação. Esse comportamento, embora conveniente, cria um ambiente ideal para o surgimento e compartilhamento de notícias falsas. A falta de verificação rigorosa e o apelo emocional das mensagens tornam os usuários mais propensos a acreditar e disseminar conteúdo sem fundamento (Fontes: Kaspersky, Olhar Digital).
Entre as principais plataformas utilizadas, o celular é o dispositivo mais comum para acessar a internet, representando 98,9% dos usuários, o que reflete a acessibilidade, mas também a superficialidade no consumo de informações (Fonte: IBGE).
O combate às fake news exige um esforço conjunto de governos, empresas e usuários. Algumas medidas incluem:
Educação midiática: Incentivar a checagem de fontes e o consumo consciente de informações.
Parcerias com plataformas digitais: Desenvolver algoritmos e sistemas que detectem e sinalizem possíveis notícias falsas.
Responsabilidade individual: Antes de compartilhar qualquer conteúdo, os usuários devem questionar sua veracidade e origem.
Considerações Finais
As fake news não são apenas um problema de comunicação, mas também um desafio social, político e econômico. No Brasil, onde o uso de redes sociais é predominante, a educação e a conscientização são ferramentas essenciais para minimizar os impactos negativos da desinformação.

Juliana Albano
Cofundadora do coletivo SER A CEO e mentora na Alia Mentoring.