Créditos de carbono: o que são e como funcionam para empresas e pessoas físicas

Os créditos de carbono surgiram com o objetivo de criar um mecanismo prático e eficiente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Concebidos inicialmente no âmbito do Protocolo de Kyoto, esses instrumentos buscam promover a adoção de práticas mais sustentáveis por empresas e indivíduos que desejam compensar suas emissões inevitáveis.

Neste artigo, você conhecerá mais a fundo o que são créditos de carbono, como investir neste mercado e como eles impactam pessoas físicas e empresas. Continue lendo!

O que são créditos de carbono?

Os créditos de carbono são mecanismos que representam a redução ou remoção de uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. Nesse sentido, eles são criados por meio de iniciativas de reflorestamento, geração de energia limpa, tecnologias de captura de metano em aterros sanitários etc. Estes créditos podem ser comercializados em mercados regulados ou voluntários, como explicaremos mais adiante.

As empresas que adquirem os créditos de carbono utilizam esses instrumentos para compensar as emissões de gases de efeito estufa que não conseguem eliminar diretamente em seus processos produtivos ou operações. Essa prática reforça o compromisso com a agenda ESG, contribui para a mitigação dos impactos climáticos e promove uma imagem de responsabilidade ambiental. Além disso, a aquisição de créditos pode fortalecer a reputação da marca junto a clientes, investidores e parceiros, destacando a empresa como uma agente ativa na transição para um futuro mais sustentável.

Origem do termo

O Protocolo de Kyoto foi o primeiro acordo internacional que definiu metas de redução de gases do efeito estufa, direcionadas principalmente para países desenvolvidos, apontados como os grandes responsáveis históricos pelas emissões. Assinado em 1997, em Kyoto, no Japão, o protocolo entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, após a ratificação por pelos menos 55 países.

No entanto, o protocolo enfrentou limitações, como a ausência de metas obrigatórias para os países em desenvolvimento e a retirada dos Estados Unidos, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa. Esses desafios levaram à busca por um novo acordo.

Em 2015, o Acordo de Paris foi firmado para substituir o Protocolo de Kyoto, com um enfoque mais amplo. Ao contrário de seu antecessor, o Acordo de Paris, que entrou em vigor em 4 de novembro de 2016, estabeleceu metas para países, tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a menos de 2°C.

Diferenças entre mercado de carbono regulado e voluntário

– Regulado: é controlado por governos por meio de um sistema obrigatório para setores específicos, como energia, transporte e indústria pesada, que devem limitar suas emissões de gases do efeito estufa.

– Voluntário: como o próprio nome sugere, é uma iniciativa espontânea na qual empresas ou indivíduos podem adquirir créditos de carbono para compensar suas emissões e ajudar a reduzir os impactos climáticos.

Como investir no mercado de créditos de carbono?

Investir nesse mercado é uma opção para empresas e pessoas físicas interessadas em diversificar aplicações e contribuir para a redução das emissões. Para indivíduos, a compra pode ser feita por meio de fundos de investimento sustentáveis, plataformas digitais que comercializam créditos ou ativos como green bonds. As empresas, por sua vez, podem investir diretamente em projetos de captura e redução de carbono.

Vale ressaltar que antes de investir é essencial consultar um especialista, avaliar a credibilidade dos projetos e entender os riscos associados.

Como os créditos de carbono funcionam para pessoas físicas e organizações?

Para empresas, os créditos são uma ferramenta para atender metas ambientais, evitar penalidades em mercados regulados e demonstrar compromisso com práticas sustentáveis.

Já para pessoas físicas, os créditos permitem neutralizar emissões de atividades como viagens aéreas, que liberam grandes quantidades de CO2, ou consumo de energia elétrica em residências, especialmente em locais onde a matriz energética é mais dependente de combustíveis fósseis.

Conclusão

Os créditos de carbono representam uma oportunidade para mitigar graves problemas ambientais. Ao incentivar a redução e compensação das emissões de gases de efeito estufa, esses mecanismos promovem uma economia mais sustentável e ajudam a financiar projetos que beneficiam o meio ambiente e as comunidades. Além de serem instrumentos eficazes na luta contra as mudanças climáticas, os créditos de carbono também representam um avanço na conscientização ambiental, pois permitem que empresas e indivíduos assumam um papel ativo na construção de um futuro mais equilibrado e sustentável.

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