A cultura de aversão ao risco nas operações jurídicas está matando a inovação antes mesmo que ela comece. É hora de os líderes assumirem o controle!
Transformar o jurídico se tornou quase um mantra nas organizações, mas na prática, poucos estão dispostos a encarar o custo real dessa mudança.
Um fato e uma evolução: O Legal Ops já tem os recursos, processos consolidados, tecnologia acessível e dados em mãos. O que falta não é ferramenta.
É autonomia para agir.
O verdadeiro obstáculo não está nos fluxos ou nas rotinas. Está na mentalidade. Mais precisamente, na cultura de controle que ainda dita o ritmo e sufoca a inovação antes mesmo que ela ganhe fôlego.
Ideias não faltam.
O que falta é espaço para testá-las sem que tudo precise passar por um comitê de aprovação. No fim das contas, o problema não é operacional. É de liderança.
Importar o modelo não basta. É preciso traduzi-lo.
O movimento de Legal Operations nasceu nos Estados Unidos vindo da necessidade de assistentes jurídicos (Paralegal) otimizar o tempo, mesmo em um ambiente jurídico estruturado, com alta maturidade tecnológica, e onde departamentos in-house atuam com amplo grau de autonomia.
Mas no Brasil, a realidade exige mais que replicação. Exige reinvenção.
O paralelo é claro: assim como o Empresas da América Latina superaram empresas Americanas aqui no nosso país, não por ter mais recursos, mas por entender melhor o terreno, Legal Operations no Brasil só vai prosperar se abandonar a tentativa de copiar receitas e começar a construir soluções com DNA local.
A Operação raiz ajuda nesse entendimento.
Enquanto as empresas americanas insistem em adaptar seu modelo global, uma empresa nativa da América Latina mergulhou nos desafios regionais de logística, pagamento, confiança e criou seu próprio ecossistema.
Não terceirizou a dor. Resolveu o problema. Este fato, tornou-se um case de estudos de negócios.
O Legal Operations precisa fazer o mesmo: assumir a complexidade do sistema jurídico brasileiro, suas dinâmicas com políticas interna e evitar o receio crônico de exposição.
Essa é a diferença entre o protagonista de um mero importador de tendências.
A lógica do controle ainda dita o ritmo
Historicamente, o departamento jurídico foi moldado para garantir conformidade,
mitigar riscos e dizer “não”.
Não é surpresa que essa mentalidade administre a forma como a inovação é recusada julgada como alto risco.
De acordo com o EY Law Survey 2023, 67% dos projetos de inovação jurídica são barrados antes do piloto, por falta de apoio da liderança executiva.
Essa cultura de “só seguimos se der 100% certo” é justamente o que impede qualquer movimento real de transformação.
A tecnologia NO CODE como aliado nessa virada.
A Tecnologia NO CODE se destaca pela capacidade de criação conforme o desejo do usuário. Deste modo, profissionais operacionais adaptam soluções, fluxos e automações sem depender integralmente da TI.
Isso oferece entregas velozes, reduz gargalos e amplia o protagonismo de Legal Operations dentro da organização.
Mais do que uma ferramenta, é um atalho legítimo para colocar a inovação em produção e impulsionar os profissionais de áreas técnicas a descobrirem novas possibilidades de controle e autonomia.
Os fluxos nos departamentos jurídicos ainda são, em grande parte, artesanais. Quando ocorre uma alteração no negócio, a sensação é a de que a urgência exigida não é acompanhada pelo jurídico, seja por falta de ferramentas flexíveis, seja pela dificuldade de mudar rapidamente processos que controlam assuntos delicados.
Deste modo, depender de software de prateleira, pagando valores altos por cada pequena alteração, é condenar a operação à lentidão, à rigidez e, em última instância, ao fracasso.
A liderança que empodera ou bloqueia?
A transformação genuína de uma área jurídica é um movimento que conecta visão, coragem e autoridade para agir.
O Legal Operations precisa sair do papel de executor das ideias jurídicas alheias e assumir o protagonismo de um líder executivo: quem lidera a mudança tem que falar de negócio, de resultado e de impacto.
Não se trata mais de cumprir pedidos. Trata-se de liderar no contexto geral.
O Legal Operations no Conselho Diretivo
Backlog, retrabalho, SLA e custo da não conformidade. Esses temas ainda causam desconforto especialmente onde a cultura de status quo impera.
Mas são justamente esses indicadores que carregam o verdadeiro ROI da transformação jurídica.
Quando o Legal Operations ocupa um lugar no conselho diretivo, ele não leva só planilhas, mas leva evidência, clareza e visão de futuro.
Este posicionamento passa a influenciar decisões estratégicas com dados reais, e não apenas com intuição jurídica.
Estudos recentes mostram que a ausência de indicadores claros reduz 35% da eficiência percebida pelos stakeholders internos.
Em resumo, transformar exige coragem para expor o que ninguém quer olhar. E essa coragem começa com quem tem o direito e o dever de sentar-se à mesa das decisões.
Na Enlighten, acreditamos que o futuro das operações jurídicas será construído por líderes que desafiam o modelo mental vigente e não apenas os fluxos de trabalho.
Por esse motivo, acreditamos em ferramentas como o ENSPACE, que impulsionam e otimizam o que já há de melhor nos departamentos.
Com a ajuda de tecnologias acessíveis como o movimento de transformação não precisa mais esperar pela próxima liberação orçamentária ou aprovação técnica.
Reflita: – Quem está no comando da sua transformação jurídica: a cultura do controle ou a visão de futuro?