Muito popular e aplicado no marketing jurídico, o Legal Design pode ser resumido como uma nova maneira de tornar a linguagem jurídica mais acessível às pessoas que não têm conhecimento técnico para entendê-las. Já o Visual Law propõe que sejam utilizados elementos visuais para simplificar a informação que precisa ser repassada.
Ademais, o Legal Design é uma abordagem focada no usuário e na resolução de seus problemas. Por esse motivo, se assemelha muito ao Design Thinking, como veremos a seguir.
O que é Legal Design?
O Legal Design é uma abordagem inovadora, inspirada no Design Thinking, que visa explicar o Direito de maneira simples e compreensível utilizando elementos do design gráfico e comunicação visual com foco na experiência do usuário.
O termo surgiu na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, em 2013. Neste período, Margaret Hagan criou o “Legal Design Lab”, com o intuito de promover o acesso à justiça e trazer inovação ao campo jurídico.
O que é Visual Law?
O Visual Law é uma extensão do Legal Design e tem como objetivo simplificar as informações jurídicas por meio de componentes visuais como tabelas, diagramas, infográficos, dentre outros. Com o uso destes elementos fica mais fácil transmitir a informação desejada.
Aplicação do Legal Design e Visual Law na advocacia
Tanto o Legal Design quanto o Visual Law contribuem para “traduzir” linguagens complexas – também conhecidas como “juridiquês” –, muito utilizadas em contratos, termos de uso ou serviço, às pessoas que não têm formação jurídica para compreender tal assunto. Como dito anteriormente, o Legal Design é inspirado no Design Thinking justamente por usar a empatia para solucionar às necessidades dos usuários finais pensando em como determinado problema poderá ser resolvido.
Um bom caminho para a resolução do problema pode envolver entrevistas com os clientes. Após a descoberta, você terá informações que podem ser delineadas em mapas mentais, fluxogramas e infográficos, por exemplo. Percebeu a relação e importância do Visual Law?
As próximas etapas são semelhantes ao Design Thinking: com as informações em mãos você terá a chance de adaptá-las e testá-las com foco na experiência do usuário. O último processo abre espaço para a evolução, já que seu produto ou serviço pode estar sujeito a melhorias.
Gamificação
Vale ressaltar que dentre os pontos que já abordamos, a gamificação também é uma importante aliada, pois é uma técnica do design de jogos que pode ser aplicada em contextos diferentes como jurídicos. A gamificação serve para aproximar a informação do usuário final por meio de sistemas de pontuação e recompensas, ou seja, um usuário pode ganhar pontos por ler um contrato, por exemplo. O mais interessante desta abordagem é que ela pode ser usada tanto internamente, com os funcionários do seu escritório de advocacia, quanto externamente, com seus clientes. Saiba mais sobre esse sistema!
Você pode utilizar a gamificação até mesmo para coletar feedbacks dos usuários finais e obter insights para o seu escritório.
Quais as tendências para 2024?
1. Integração de Tecnologia e Design: Uma tendência notável para 2024 é a integração mais profunda de tecnologia e design no campo jurídico. Ferramentas de automação, inteligência artificial e realidade aumentada estão sendo aplicadas para criar interfaces mais amigáveis, simplificar contratos e apresentar informações legais de forma visualmente atraente. A colaboração entre designers e profissionais do direito para desenvolver soluções tecnológicas inovadoras será fundamental para impulsionar essa tendência.
2. Personalização e Acessibilidade: Com a conscientização crescente sobre a diversidade de públicos que interagem com o sistema jurídico, espera-se que haja um foco maior na personalização e acessibilidade em 2024. O Legal Design procurará adaptar materiais legais para atender às necessidades específicas de diferentes grupos, incluindo pessoas com deficiência visual, baixa literacia jurídica e diversas origens culturais.
3. Educação Jurídica Visual: À medida que a sociedade se torna mais visualmente orientada, a educação jurídica também está passando por transformações significativas. Prevê-se que haja um aumento no desenvolvimento de materiais educacionais baseados em visualizações gráficas, vídeos explicativos e outras ferramentas visuais para tornar o aprendizado do direito mais envolvente e compreensível.
4. Aceitação Institucional e Normatização: A aceitação crescente do Legal Design e Visual Law por instituições jurídicas e órgãos reguladores é uma tendência promissora para 2024. A normatização dessas práticas pode levar a mudanças significativas na forma como a lei é comunicada e compreendida em diversos contextos, promovendo assim uma justiça mais acessível e transparente.
Essas tendências indicam uma mudança contínua na forma como a informação jurídica é apresentada e compreendida, impulsionando a evolução do campo do Legal Design e Visual Law para tornar o direito mais acessível, eficiente e inclusivo.
Você já implementou algumas destas técnicas de Legal Design e Visual Law no seu escritório de advocacia? Conta o que achou!