De acordo com relatório da Check Point Research, no terceiro trimestre de 2024, o Brasil registrou alta de 95% nos ciberataques, o que representa 2.766 ataques por semana. Esses dados refletem que as ameaças digitais estão não só mais persistentes, como também mais sofisticadas. Os prejuízos decorrentes pela ação de criminosos digitais são muitos: dados confidenciais vazados, interrupção das operações de empresas, extorsão, dentre outros.
A palavra “proatividade” será a protagonista de 2025 no que se refere a cibersegurança. É preciso se antecipar aos ataques cibernéticos, pois eles têm potencial devastador para as empresas. Faltando poucos dias para o início do novo ano, é essencial estar a par das tendências de cibersegurança para proteger seu negócio de ataques no ambiente digital. Abaixo, confira o panorama das principais ameaças que requerem atenção e quais as principais soluções. Continue lendo!
Tendências de cibersegurança para 2025
Computação quântica
Apesar da computação quântica ainda não ser tão popular quanto a IA, ela já é considerada um potencial risco para a cibersegurança. Aliás, a ONU já estabeleceu que 2025 será o Ano Internacional da Ciência e Computação Quântica, em comemoração ao centenário do início da mecânica quântica. A grande preocupação em torno desta tecnologia é que ela consegue “quebrar” métodos de criptografia atuais em uma velocidade muito superior aos computadores clássicos. Além disso, a computação quântica também tem capacidade de criar ameaças digitais. Com este cenário, governos e grandes empresas de tecnologia já estão investindo em estudos de criptografia pós-quântica para garantir a segurança dos sistemas diante de uma tentativa de ataque futuro.
Ataques ransomware ainda mais sofisticados
Os ataques por ransomware prometem ser ainda mais modernos com a integração da IA, em 2025. A ascensão do Ransomware-as-a-Service (RaaS) também é outra grande preocupação. No RaaS os desenvolvedores de ransomware criam e vendem seu software malicioso para outros criminosos que desejam realizar ataques, mas que não têm o conhecimento técnico para desenvolver o malware por conta própria. Para aumentar as chances de sucesso, os cibercriminosos podem personalizar os ataques conforme o alvo, o que torna este tipo de invasão digital ainda mais perigosa. Além disso, previsões já apontam para ataques a cadeias de suprimentos críticas, que poderão afetar setores inteiros.
Incorporação de IA
A inteligência artificial está cada vez mais inserida no cotidiano das pessoas e organizações. Seu uso tão massivo não seria diferente no campo da cibersegurança, no entanto, essa tecnologia também vem sendo utilizada por agentes mal-intencionados. Estudo do Gartner revela que até 2027, 17% dos ataques cibernéticos integrarão IA generativa. Frente a esse número, as empresas precisam, mais do que nunca, investir em sistemas de defesa mais robustos e eficientes. Integrar a IA nas soluções de cibersegurança pode identificar anormalidades no acesso a dados e responder a ameaças em tempo real. Além disso, essa tecnologia tem a capacidade de analisar vulnerabilidades no sistema e sugerir melhorias nos processos de segurança.
Zero Trust
O Zero Trust ou “Confiança Zero”, em português, se baseia no princípio de não confiar em nenhum usuário, seja ele interno ou externo, e sempre verificar a autenticidade de cada acesso e interação com os sistemas da organização. Embora não seja novo, esse modelo de segurança cibernética tende a se tornar cada vez mais presente. Outra pesquisa do Gartner estima que até 2025, 70% das novas implementações de acesso remoto serão realizadas por ZTNA (Zero Trust Network Access). Essa abordagem é fundamental em um cenário onde os cibercriminosos usam técnicas cada vez mais modernas e os métodos convencionais de segurança já não conseguem proteger adequadamente as empresas contra invasões e vazamentos.
Saiba mais sobre cibersegurança!
A cibersegurança enfrenta desafios gradativamente mais complexos e variados. Tópicos como: IoT (Internet das Coisas); deepfakes; e compartilhamento de dados sensíveis em plataformas de IA também merecem atenção, pois representam ameaças contínuas que exigem uma abordagem de segurança robusta e inovadora. A crescente presença de dispositivos IoT amplia a superfície de ataque nas redes corporativas, já que muitos desses aparelhos possuem segurança limitada, abrindo portas para invasões. As deepfakes, por sua vez, tornam-se cada vez mais realistas e acessíveis, facilitando fraudes e colocando em risco a integridade da comunicação digital. Por fim, o compartilhamento de dados sensíveis em plataformas de IA levanta preocupações sobre privacidade e controle de informações, pois dados enviados para treinamentos de IA podem ser vulneráveis a vazamentos.
Empresas que desejam proteger seus ativos digitais precisarão investir pesado em programas de cibersegurança sólidos e em estratégias proativas que incluam monitoramento e backups regulares, inteligência contra ameaças e treinamento de funcionários para prevenir erros humanos. Essas práticas continuam sendo importantes para mitigar ataques cibernéticos e garantir a continuidade dos negócios diante de persistentes e modernas ameaças digitais.