Os contratos visuais são uma nova maneira de melhorar a comunicação com clientes, colaboradores e parceiros. Afinal, eles utilizam elementos visuais para tornar o conteúdo jurídico mais acessível para quem não tem familiaridade com o famoso “juridiquês”.
Esses novos modelos fazem parte de uma mudança de mentalidade no Direito, que busca colocar o usuário no centro da experiência. Com isso, escritórios e empresas passam a se comunicar de forma mais estratégica, reforçando a transparência e fortalecendo seus relacionamentos.
Neste conteúdo, você vai entender o que são os contratos visuais, quais problemas eles ajudam a resolver, como impactam a relação com os clientes e, por fim, como começar a implementá-los!
O que são contratos visuais?
Os contratos visuais são documentos jurídicos estruturados com recursos como ícones, infográficos, tabelas e diagramas, com o objetivo de facilitar a leitura e a compreensão das informações. Eles fazem parte da abordagem conhecida como Visual Law, que busca tornar a linguagem jurídica mais clara e acessível para todas as partes envolvidas.
Quais problemas eles resolvem?
- Mal-entendidos
Em contratos tradicionais, uma cláusula pode parecer clara para quem redigiu, mas confusa para quem lê. Ao usar recursos visuais, o contrato ganha mais transparência e diminui o risco de interpretações equivocadas por parte de qualquer envolvido.
- Dificuldade de negociações
Negociações podem travar simplesmente porque o contrato não está claro o suficiente. Quando as informações são apresentadas de forma mais visual e objetiva, a tomada de decisão se torna mais rápida, o que acelera acordos e evita idas e vindas desnecessárias.
- Falta de acessibilidade
Ao incorporar linguagem clara, ícones, cores e outras estratégias visuais, os contratos se tornam mais acessíveis para diferentes perfis de público: pessoas com deficiências cognitivas, com baixa alfabetização, neurodivergentes ou até quem está lidando com excesso de informação no dia a dia. Um conteúdo bem estruturado visualmente é mais democrático.
- Baixo engajamento
Vamos ser sinceros: quase ninguém se anima para ler um contrato cheio de blocos de texto, sem pausas ou destaques. Ao incorporar elementos visuais, o contrato se torna mais convidativo, fazendo com que as pessoas leiam com mais atenção, entendam melhor e participem com mais segurança.
O impacto na relação com clientes
- Fortalecem a confiança
Quando o cliente entende claramente o que está assinando, a relação evolui para mais transparência, o que reduz inseguranças e transmite profissionalismo por parte do escritório ou empresa.
- Melhoram a experiência do usuário
Contratos mais claros e organizados visualmente proporcionam uma experiência muito mais agradável, mostrando cuidado com quem está do outro lado e valorizando o tempo do cliente.
- Demonstram empatia e inovação
Adotar uma linguagem visual demonstra que o escritório ou empresa está atento às necessidades do cliente e disposto a inovar para aperfeiçoar a comunicação, o que também representa um importante diferencial competitivo.
Como começar a implementar?
Antes de começar, defina um objetivo: para quem o contrato será destinado? Um cliente, parceiro ou funcionário? A implementação de contratos visuais não precisa ser feita de uma só vez, mas aos poucos e com estratégia. Abaixo, veja alguns passos simples para dar início à mudança:
1. Escolha um contrato
Selecione um contrato que costuma gerar dúvidas ou que seja muito utilizado no dia a dia. Começar por um contrato estratégico ajuda a testar e visualizar melhor os resultados da mudança.
2. Deixe a linguagem mais acessível
Evite usar termos técnicos, redija textos que sejam claros. Prefira frases mais diretas e que façam sentido para quem não tem familiaridade com o vocabulário jurídico.
3. Selecione as ferramentas ideais
Você pode começar com ferramentas que já usa no cotidiano, como Microsoft Word ou PowerPoint, já que elas permitem inserir ícones, criar caixas de destaque e até montar fluxogramas simples. Para contratos mais complexos ou que exijam um visual mais refinado, vale contar com a ajuda de um designer e utilizar softwares como Adobe Illustrator ou Photoshop.
4. Peça feedbacks
Mostre o novo modelo para advogados especializados ou colegas de equipe e pergunte se a leitura está clara, se o fluxo faz sentido e o que pode ser ajustado. Ouvir diferentes pontos de vista ajuda a melhorar ainda mais o resultado.
5. Aprimore aos poucos
Com base nos feedbacks, vá fazendo ajustes aos poucos. Contratos visuais não precisam ser perfeitos de primeira, o mais importante é que eles evoluam com o tempo, sempre com foco em quem vai usá-los.